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Empreendedor usa drones e cães farejadores para encontrar animais perdidos

Empreendedor usa drones e cães farejadores para encontrar animais perdidos

Imagine a seguinte situação: certo dia, você e sua família resolvem fazer uma pequena viagem. Entretanto, ao retornar para casa, descobrem que o bicho de estimação da família sumiu. Há alguns anos, alguns empreendedores criam produtos, como pulseiras de identificação, para ajudar na busca dos animais. No entanto, uma startup brasileira criou uma solução ainda mais sofisticada. 

O negócio em questão é o Busca Pet, fundado pelo empreendedor Jorge Pereira em 2016. A startup é especializada em encontrar animais perdidos com a ajuda da tecnologia.

A empresa oferece três pacotes de busca. Neste último, são usados cães farejadores, drones, cartazes e mais de 500 panfletos durante o processo. No final, o cliente ainda tem direito a um relatório operacional com detalhes da empreitada. Atualmente, a empresa atende cachorros, gatos, serpentes, roedores, tartarugas e jabutis.

O orçamento do serviço depende das condições em que a busca será realizada e os recursos utilizados no processo. Segundo Pereira, o preço final pode chegar até R$ 3,5 mil – valor que pode aumentar dependendo do tempo de procura.

Caso o local esteja situado a mais de 50 quilômetros da sede da empresa – Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo – taxas de locomoção também devem ser cobradas. “É um serviço extremamente caro, mas muito efetivo.”

Paixão e negócios
Com uma extensa carreira em instituições financeiras, Pereira sempre teve uma ligação afetiva com animais. Essa paixão o levou a, paralelamente aos empregos, fazer cursos de adestramento de animais.

Em 1995, ele resolveu largar seu emprego e dedicar sua vida aos bichinhos. Trabalhando com figuras como Luisa Mell, Pereira também prestou consultoria para veículos de imprensa e blogs. Apesar do sucesso, a busca por capacitação nunca parou.


[Busca Pet (Foto: Divulgação)] A Busca Pet usa um aparato que pode incluir até drones para achar o seu bichinho. (Foto: Divulgação)

Especializando-se em comportamento animal, Jorge Pereira chegou a realizar cursos em diversos países, como os Estados Unidos, para aprofundar seu conhecimento sobre a mente dos pets. “Era algo que a gente ainda não achava no Brasil.”

De volta aos trópicos, em 2006, Pereira se dedicou a treinar cães farejadores para buscar pessoas desaparecidas.

Foi aí que notou o crescimento de uma demanda diferente: a busca por animais perdidos. Ao perceber uma oportunidade, o empreendedor começou a fazer serviços esporádicos no setor. O que ele não esperava era que, com o boca a boca, o número de pessoas interessadas iria aumentar exponencialmente. “Chegamos a receber entre 50 e 80 pedidos de busca por dia.” Em 2016, o empreendedor lançou oficialmente a Buscapet.

Como funciona?
O primeiro contato do cliente com a empresa envolve responder um questionário, para que os especialistas consigam entender o contexto da busca. Visitas também podem ser realizadas, para que Busca Pet  tenha uma ideia da dimensão do serviço, mapeie a área e colete o odor do animal.

Diversos fatores são consideradas nessa etapa. Dentre elas, está a personalidade e a raça do animal, as características climáticas e geográficas do local onde ele se perdeu e o estilo de vida levado pelo bichinho.

Segundo Pereira, todos esses aspectos influenciam na maneira que o pet se comporta quando está fora de casa. Um animal que se perde em uma região urbana, por exemplo, geralmente mantém uma distância de até 15 quilômetros de casa. “São seres extremamente inteligentes e capazes de tomar decisões. Logo, é preciso conhece-los muito bem.”


[Busca Pet (Foto: Divulgação)] Em alguns pacotes, a empresa também imprime cerca de 500 cartazes para ajudar na divulgação. (Foto: Divulgação)

De acordo com o empreendedor, o ideal é que as buscas sejam realizadas em até 72 horas após o desaparecimento. Entretanto, em alguns casos, é possível encontrar rastros do animal até 12 semanas após o sumiço.

A necessidade de ter cuidados especiais, especialmente com os cães farejadores usados durante o processo, também coloca algumas particularidades na operação. Em geral, esses animais só trabalham no máximo duas horas seguidas sem descanso. A integridade da equipe também não pode ser comprometida, fazendo com que buscas noturnas em regiões que possam ser consideradas perigosas sejam evitadas.

A Busca Pet não oferece garantias que o animal será encontrado. “Garantimos apenas que serão realizados todos os esforços possíveis para achar o pet”, diz Pereira.

Fonte: https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Pet/noticia/2019/09/empreendedor-usa-drones-e-caes-farejadores-para-encontrar-animais-perdidos.html

Data da postagem: 30/09/2019 - id 9646

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